quarta-feira, 19 de junho de 2013

Trabalho interessante sobre inclusão

A Casa de Cultura Mario Quintana sedia o lançamento do projeto Era uma Vez um Conto de Fadas Inclusivo, com foco na deficiência e composto por onze livros infantis e uma exposição inclusiva, na próxima terça-feira (23), às 19h, no hall de entrada do centro cultural.  A iniciativa é promovida pelo Ministério da Cultura (MinC), tem apoio da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos e da Secretaria de Estado da Cultura do RS, por meio do Museu de Arte Contemporânea (MAC/RS), e é patrocinada pelo Banrisul, AGCO e Grupo Savar.








As publicações têm uma proposta inovadora, visando a educação inclusiva, ao revisitar os clássicos contos de fada, acrescentando aos protagonistas algum tipo de deficiência. Elas são escritas e ilustradas pelo fisioterapeuta Cristiano Refosco e possuem edição de arte e design gráfico do artista Leandro Seliter. São elas: Chapeuzinho da Cadeirinha de Rodas Vermelha (paraplegia), Branca Cega de Neve (cegueira), O Pequeno Polegar que Não Conseguia Caminhar (paralisia cerebral), João Sem Braços e o Pé de Feijão (malformação congênita), Pinóquio das Muletinhas (paralisia cerebral), O Segredo de Rapunzel (malformação congênita), Cócegas na Floresta – João e Maria (surdez), A Bela Amolecida (doença neuromuscular), Aladown e a Lâmpada Maravilhosa (síndrome de Down), Alice no País da Inclusão (autismo) e Cinderela Sem Pé (malformação congênita). Para democratizar o acesso, a coleção conta com uma versão em áudio, na qual é possível ouvir a contação das histórias e/ou acompanhar a audiodescrição das imagens de cada um dos livros. As onze sinopses das histórias estão disponíveis no site www.imaginancia.com.br.






O objetivo principal é que a coleção se torne um instrumento de apoio no trabalho de inclusão das pessoas com deficiência, fomentando a utilização dos livros, tanto nas atividades escolares quanto no convívio familiar. “Pretendemos que a coleção seja uma forma de disseminar a cultura da acessibilidade. Essa consciência deve ser despertada desde a infância”, sustenta o autor Cristiano Refosco, que há 13 anos atua no atendimento de crianças com deficiência e teve na sua rotina a inspiração para escrever e ilustrar a coleção. Dados do IBGE de 2010 apontam que o número de indivíduos com algum tipo de deficiência física ou intelectual supera 20% da população brasileira, o que representa cerca de 45 milhões de pessoas. No Rio Grande do Sul, são 2,5 milhões de cidadãos nessa condição.
Acompanhando a temática da obra, a exposição acessível sobre as histórias dos livros possui piso podotátil e painéis com versão em Braille, onde o público poderá saber mais sobre as histórias. Na ocasião o deficiente visual Daniel Uchoa fará uma apresentação com harpa. A visitação segue até o dia 11 de novembro.

Serviço:
O que: Era uma Vez um Conto de Fadas Inclusivo
Quando: 23 de outubro (terça-feira), às 19h
Onde: Hall de entrada da CCMQ (Rua dos Andradas, 736)

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